A empresária Luciana Moreto anunciou a entrada do café acreano no mercado andino. Ela participou entre os dias 3 e 6 de novembro, da Feira Internacional de Cafés Especiais que aconteceu em Puno, no Peru. “Testes de blends – mistura planejada de diferentes tipos e variedades de grãos com o objetivo de obter uma bebida equilibrada e de boa qualidade – deixaram os empresários peruanos interessados no café robusta produzido no Acre”, destacou a empresária que é uma das maiores industriarias de café do estado.
Uma comitiva de produtores peruanos desembarca no Acre na segunda quinzena de novembro para conhecer o beneficiamento e tecnologias de produção do café robusta. Os empresários da região do Vale Sagrado, também demonstraram interesse no café em capsula industrializado pelo grupo Contri. Luciana Moreto reconheceu a política de comércio exterior desenvolvida pelo governo.
“O café do Acre ganha protagonismo em eventos nacionais e internacionais. Esse é um trabalho realizado por nossos produtores e a união de esforços entre governo e instituições do nosso estado que nós precisamos reconhecer” destacou.
O titular da Secretaria de Estado de indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), Assurbanípal Mesquita, lembrou que essa é mais uma prospecção com resultados positivos feita a partir da participação de empresários peruanos na Expoacre e de empresários acreanos na maior feira de alimentos da América Latina, a Expoalimentaria 2023, que aconteceu em Lima, no Peru, no final do mês de setembro.
“A Nutrak já fechou exportação de ração para Puno, agora o Café Contri anuncia negócios que vão incrementar nossa balança comercial. Isso é fruto da visão do governador Gladson Cameli que tem apoiado todas as ações voltadas para o fortalecimento da nossa indústria e a geração de emprego e renda. A Seict tem trabalhado esse ambiente de negócios. O grupo Contri é referência na industrialização de café e chegou com muito esforço a esse patamar de exportação”, acrescentou Mesquita.
O titular da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), Luiz Tchê, comemorou a notícia afirmando que com a entrega de 500 mil mudas de café em 2024, a área plantada vai aumentar e ajudar a tornar o estado autossustentável em produção de café. Ele lembrou que está em andamento a elaboração de um projeto de parceria entre a Seagri, a maior empresa mundial de café, Torino Lavazza, e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com o objetivo de impulsionar a qualidade, a produtividade e a valorização dos cafeicultores acreanos.
“Tratamos esse mercado agregando valor, o café do Acre e da Amazônia será vendido com história, afinal, produzimos, mas, mentemos nossa floresta em pé. Temos um público diferencial que busca esse produto com selo de sustentabilidade”, analisou Luiz Tchê.
Não faltam boas notícias para a indústria de alimentos. O café acreano também foi aprovado na maior feira da América Latina, na 10ª semana internacional do café que aconteceu em Belo Horizonte-MG de 8 a 10/11. A produtora Elizelda de Lara Caffer teve a qualidade do seu produto reconhecida como melhor café regional.
Para atrair novos investidores e nortear o plano de ação do Estado para fortalecimento da cultura cafeeira, a Seagri faz um levantamento das áreas de produção de café, quantidade de produtores e a distribuição desses empreendedores no mapa geográfico. A produção do café em 2023 chegou a 2.990 toneladas.
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